Condutas comuns no início da carreira de fotografia

O primeiro passo para qualquer mudança, evolução é reconhecer o que precisamos superar. No início é tanta coisa que temos que pensar ao mesmo tempo, são tantas decisões em poucos segundos, que é muito natural apresentarmos alguma ou algumas das condutas aqui listadas

Quando iniciamos na fotografia estamos tão ansiosos, ávidos por conseguir executar boas fotos, e ainda ter que organizar mental e praticamente as funções da câmera, que é muito comum realizarmos ações sem nos darmos conta. São ações que se repetem no mundo da fotografia e aqui procurei listar aquelas que mais me chamam a atenção:

1 – Ficar olhando o visor da câmera o “tempo todo”

Enquanto estamos conferindo se a foto que acabamos de clicar ficou “boa”, o melhor da cena está acontecendo.

2 – Esquecer-se de ler a luz

Às vezes estamos tão preocupados com a “pose”, que simplesmente ignoramos a luz. Posicionamos nosso fotografado sem ver onde ela está incindindo, sem fazer uma leitura adequada.

3 – Ficar em silêncio por tempo prolongado

A palavra é um forte instrumento de conexão entre as pessoas, muitas vezes aquele que está a nossa frente encontra-se inseguro, desconfortável e se o deixarmos “esquecido”, facilmente perderemos a conexão com o ele.

4 – Não dirigir a foto

Esperar pelo “espontãneo”. É o fotógrafo que deve conduzir o ensaio e não o acaso e nem o fotografado!

5 – Falar baixo demais ou sem clareza

O tom da nossa voz dita o ritmo do ensaio fotográfico. Procure projetar sua voz de acordo com o objetivo do ensaio.

6 – Nervosismo/medo

Eles nunca desaparecerão! É preciso reconhecê-los para aprender a conviver com eles, deixando claro quem manda! Eles diminuirão de tamanho, mas sempre nos acompanharão em tudo que fizermos.

7 – Foto na árvore!

Clássica, todo mundo tem ou fotografou alguém na árvore. Temos condições de fazer fotos bem mais criativas!

8 – Dizer para o fotografado: ”finge que não estou aqui!” Ou “faz cara de felicidade.” Ou ainda: “agora aquele sorriso natural!”

É normal não sabermos o que fazer no início, principalmente quando nos perguntam: “e agora, é pra fazer o que?” Nossa mão transpira, dá o famoso branco e ficamos em estado de ebulição interna!!! Todo mundo em algum momento já passou por isso.

A verdadeira conexão se constrói na relação, no diálogo. Essas expressões destacadas não dizem nada, são vazias. Devemos buscar situações para deixar o fotografado à vontade, só assim a conexão será estabelecida.

Inicio-na-fotografia

Dá pra fazer diferente?

O primeiro passo para qualquer mudança, evolução é reconhecer o que precisamos superar. No início é tanta coisa que temos que pensar ao mesmo tempo, são tantas decisões em poucos segundos, que é muito natural apresentarmos alguma ou algumas das condutas aqui listadas.

Por isso é tão importante praticar e depois analisar criticamente aquilo que foi produzido. À medida que praticamos conhecemos mais e mais nosso equipamento e automatizamos ações, a leitura da luz se torna mais fácil e conseguimos compor a cena com mais qualidade e naturalidade.

Algumas dicas:

Fotografe bastante!!! E principalmente sem a câmera, com os olhos. A fotografia aguça em nós a capacidade de observar as cenas, os detalhes, é como se nossa antena desenferrujasse e novamente estivéssemos conectados de fato ao mundo que nos cerca. Aguçar o olhar, refiná-lo, isso é fundamental!

Analise cada ensaio (todo o ensaio, como foi o processo, não restrinja às fotos, elas são resultado!) Buscando o que pode ser melhorado.

Estude sobre direção de pessoas, procure entender seus comportamentos e respostas à estímulos.

Converse com outros fotógrafos.

Peça ajuda! Fazer uma consultoria pode contribuir para um salto de qualidade, dentro dos seus objetivos, na sua fotografia e em menor tempo.

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Fonte: Fotografia-DG.

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